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 Urbanização Vila Campos, Vila Real, Portugal
1999-2002
Fernando Gomes e Fernando Cristino

texto

As casas localizam-se no âmbito de uma área de nova expansão residencial da cidade, com uma geometria de implantação definida pelo regulamento do Plano de Urbanização, baseado na indicação matemática de 5 metros de afastamentos do limite do lote. A morfologia do terreno, as condições de acessibilidade (através de uma única rua localizada paralelamente ao lado este), a orientação solar e a magnífica paisagem que se obtém na direcção do vale, foram os elementos principais na determinação dos espaços funcionais. A diferença superior a dois metros entre as cotas da rua e as do jardim sugeriu uma diferenciação dos acessos, colocando o pedonal à cota ais alta e o automóvel à cota inferior. A articulação funcional interior distribui-se em três níveis com a zona de serviço (garagem, lavandaria, cozinha e sala de jantar) no nível mais baixo, em contacto com o jardim. A sala de estar e a biblioteca localizam-se no plano intermédio ao nível da entrada pedonal, apoiadas por um pequeno jardim suspenso sobre a cobertura da garagem e da lavandaria. A zona de dormir localiza-se no nível superior. Um volume trapezoidal branco, apoiado sobre muros de pedra que delimita ao nível inferior, quer os espaços interiores, quer os pátios exteriores, define figuras geométricas puras que emergem no território. As fachadas norte e sul contêm pequenas aberturas, diferentes na relação dimensional e figurativa, acentuando a simplificação volumétrica. A fachada oeste, orientada sobre o vale, usa o alargamento máximo da janela extrapolada aos dois pisos, de modo a estabelecer uma relação privilegiada entre o interior da habitação e a paisagem. Esta transita virtualmente para o interior.